NAMMYOHO
sábado, 17 de março de 2018
terça-feira, 28 de novembro de 2017
Capítulo 5 Yakusoyo - Parábola das ervas medicinais
O Buda Sakyamuni cita a "Parábola das ervas medicinais" para mostrar a benevolência do Buda que transmite seus conhecimentos a todas as pessoas.
Sakyamuni começa o capítulo elogiando Kashyapa por expor corretamente e depois começa a contar a parábola.
"Kashyapa, é como as plantas e árvores, arbustos e bosques e as ervas
medicinais, extremamente variadas, cada uma com o seu nome e matiz, que crescem
nas colinas e riachos, nos vales e diferentes solos do multivariado mundo.
Nuvens densas espalham-se sobre ele, cobrindo a totalidade desse mundo
diversificado e num momento saturando-o completamente. A umidade penetra todas
as plantas, árvores, arbustos, bosques e ervas medicinais igualmente, até às
suas grandes raízes, grandes caules e grandes folhas. Cada uma das árvores,
grande ou pequena, dependendo do facto de ser de natureza superior, média ou
inferior, recebe a sua porção. A chuva que cai de cada grupo de nuvens está de
acordo com cada natureza e espécie particular, fazendo-a despontar e
amadurecer, vindo a dar flores e frutos. Ainda que estas plantas e árvores
estejam na mesma terra e sejam regadas pela mesma chuva, cada uma tem as suas
diferenças e particularidades".
O próprio Sakyamuni interpreta a parábola dizendo que o aparecimento do buda nesse mundo é como uma grande nuvem que cobre todas as coisas. O buda aparece no muno e revela a verdade da vida a todas as pessoas e sob diversos ângulos. Satisfazendo as pessoas miseráveis e libertando-as do sofrimento para dar-lhes paz.
Sakyamuni ensinou a Lei para todas as pessoas sem distinção, mas as pessoas nem sempre compreendem seu significado.
O presidente da SGI, dr. Daisaku Ikeda diz o seguinte sobre essa parábola:
"Essa é a essência da pregação do Buda de seu ponto de vista. Mas as pessoas, de sua parte, falham em compreender esse benefício. A quantidade de chuva recebida e sua eficácia diferem de acordo com a personalidade particular e o tamanho das plantas e árvores. Similarmente, embora o Buda exponha somente o veículo único do Buda, há diferenças em como as pessoas recebem esses ensinos. à medida que eles são filtrados pela compreensão das pessoas, os ensinos do Buda assumem a forma dos chamados três veículos". (BS, ed. 1389)
"O Rei do Dharma, destruidor do ser,
quando aparece no mundo
procede de acordo com os desejos dos seres viventes,
pregando a Lei de várias maneiras.
O Tathagata, merecedor de ofertas e de reverência,
é profundo e de longo alcance na sabedoria.
Por muito tempo ele mantém o silêncio quanto ao essencial,
sem pressa de falar tudo de uma vez.
Se aqueles que são sábios o ouvem
conseguem acreditar nele e compreendê-lo,
mas os que não têm sabedoria terão dúvidas e hesitações
e por todo o tempo permanecerão no erro.
Por esta razão, Kashyapa,
ele adapta-se à pessoa para permitir uma visão correcta.
Kashyapa, deves entender
que é como uma grande nuvem
que se levanta no mundo e o cobre inteiramente.
Esta nuvem benéfica
está cheia de umidade,
de relâmpagos e clarões,
e o som da tempestade ecoa ao longe
fazendo rejubilar as multidões.
Os raios do sol ficam velados e escondidos,
e uma nítida frescura vem cobrir a terra;
massas de escuridão, quase tangíveis,
descem e espalham-se.
A chuva cai em toda a parte,
descendo nas quatro direções,
e a sua intensidade é imensurável,
alcançando todas as áreas da terra,
até às ravinas e vales das montanhas e dos rios,
até aos lugares remotos e isolados
onde crescem plantas, arbustos,
ervas medicinais, árvores grandes e pequenas,
grãos, arrozais,
canas de açúcar, vinhas.
A chuva rega a todos,
nenhum deixa de receber a sua parte,
o chão ressequido fica molhado,
ervas e árvores crescem viçosas.
O que cai das nuvens é de um único sabor,
mas as plantas e árvores,
arbustos e bosques,
aceitam cada um a porção de umidade que lhes convém.
Todas as várias árvores,
quer sejam superiores, médias ou inferiores,
tomam o que é ajustado à sua condição
e cada uma é assim capaz de despontar e crescer.
(...)
O Buddha é assim
quando aparece no mundo,
é comparável a uma grande nuvem
que cobre tudo em toda a parte.
Tendo aparecido no mundo
pelo bem dos seres viventes
ele estabelece distinções
ao expor a verdade dos fenômenos.
(...)
Desta forma, Kashyapa,
a Lei pregada pelo Buddha
é comparável a uma grande nuvem
que, com chuva de um único sabor,
rega as flores humanas
de modo a que cada uma possa frutificar.
Kashyapa, deves compreender
que através de várias causas e condições,
vários tipos de metáforas e parábolas,
eu abro e revelo a via do Buddha.
Este é um meio expedito que eu emprego
e o mesmo é verdadeiro quanto aos outros Buddhas.
Agora, para ti e para os outros
eu prego a mais derradeira verdade:
nenhum de entre a multidão de ouvintes
entrou na fase de extinção.
O que estais a praticar
é a via do bodhisattva,
e à medida que avançais em prática e aprendizagem
estais certos de alcançar a Iluminação".
A parábola das ervas medicinais assim como as parábolas anteriores são expostas para mostrar o princípio da substituição dos três veículos pelo veículo único.
O Buda expôs vários ensinos para justamente se adequar a capacidade e a tendencia de cada pessoa e prepará-las para buscarem a sua essência, que é a de chegar ao veículo único.
- Três veículos: Erudição; Absorção e Bodhisattva.
- Veículo único: Estado de Buda (iluminação).
Referências:
The Lotus Sutra - Burton Watson.
Preleção dos capítulos Hobem e Juryo - Daisaku Ikeda.
Jornal Brasil Seikyo.
segunda-feira, 20 de novembro de 2017
Capítulo 4 Shingue - “Fé e Compreensão”
Kumarajiva era um estudioso do Sutra do Lótus e fez a seguinte colocação a respeito do quarto capítulo: "Espírito inato de
procurar continuamente pelo auto-aprimoramento" e chama isso de Fé e compreensão.
Neste
capítulo, os quatro grandes ouvintes, os homens de erudição, que ouviram a
parábola das três carroças e da casa em chamas ficam contentes com sua
descoberta de que o mundo do estado de Buda existe na própria vida, dizendo:
“Esta coroa de jóias insuperáveis veio a nós sem ser requisitada”. Os homens eram:
A “coroa de jóias insuperáveis” pode ser interpretada como indicando o ensino do Sutra de Lótus, o estado de Buda, ou a própria vida, que contém o estado de Buda. Eles compreendem que a intenção do Buda é substituir os dois veículos (de Erudição e Absorção) pelo veículo supremo (do estado de Buda). Eles demonstram sua compreensão contando a segunda das sete parábolas do Sutra de Lótus, “O homem rico e seu filho”.
“Honrado pelo Mundo, nós gostaríamos agora de empregar uma
parábola para tornar claro o que queremos dizer. Suponhamos que existia um
homem, ainda novo, que tendo abandonado o seu pai, fugiu e viveu por muito
tempo noutra terra, talvez por dez anos, vinte, ou mesmo cinquenta anos.
Conforme envelheceu, ficou cada vez mais pobre e necessitado. Ele procurou em
todas as direcções por comida e vestuário, errando cada vez mais longe até que
o acaso o levou na direcção da sua terra natal.
“O
pai entretanto tinha procurado o filho sem sucesso e fixou a sua residência
numa certa cidade. A sua casa era muito abastada, com inúmeras riquezas e
tesouros. Ouro, prata, lápis-lazuli, coral, âmbar e cristal abundavam nos seus
armazéns. Tinha muitos criados, secretários, empregados, elefantes, cavalos,
carruagens, bois e veados sem conta. Estava envolvido em empreendimentos
lucrativos quer na sua casa quer nas redondezas, e tinha também muitos negócios
com comerciantes e caixeiros viajantes.
“Nessa
altura o filho pobre vagabundeava de terra em terra, passando por muitas
cidades e vilas, até que por fim chegou à cidade onde o seu pai residia. O pai
pensava constantemente no seu filho, mas apesar de terem decorrido mais de
cinquenta anos desde a sua partida nunca falara desse assunto a ninguém. Ele
apenas ponderava para si o seu coração cheio de mágoa e saudade. Ele achava-se
velho e decrépito. Tinha grandes posses e fortuna, ouro, prata e tesouros raros
que enchiam a transbordar os seus armazéns, mas não tinha nenhum filho, de modo
que quando morresse as suas posses seriam desbaratadas e perdidas, pois não
havia ninguém a quem confiá-las.
“Por
esta razão ele pensava tão seriamente no seu filho. E tinha também este
pensamento: se eu conseguisse encontrar o meu filho e lhe pudesse confiar
confiar as minhas posses, poderia então sentir-me contente e em paz, sem mais
preocupações.
“Honrado
Pelo Mundo, nessa altura o filho pobre passava de um emprego para outro até que
por acaso foi ter a casa do seu pai. Ele parou perante os portões, olhando de
longe para o seu pai que estava num trono de leão, as suas pernas apoiadas numa
banqueta de jóias, enquanto Brahmans, nobres e proprietários o rodeavam com
deferência. Grinaldas de pérolas no valor de milhares adornavam o seu corpo, e
servos e empregados segurando grandes leques brancos ladeavam-no perfilados ao
seu serviço. Um dossel de jóias cobria-o, com bandeiras floridas penduradas,
água perfumada aspergida pelo chão, pilhas de flores raras espalhadas, e
objectos preciosos estavam constantemente a passar e a ser levados ou trocados.
Estes eram os muitos e variados adornos, os sinais e marcas de distinção.
“Quando
o filho pobre viu a grandeza do poder e autoridade do seu pai, ficou cheio de
medo e arrependido por ter ido àquele local. Pensou secretamente para si: deve
ser algum rei, ou alguém semelhante a um rei. Este não é o tipo de lugar onde
eu possa arranjar trabalho e ganhar a vida. Seria melhor ir para uma vila pobre
onde, se eu trabalhar arduamente, consiga encontrar um lugar para viver e ganhar
o meu alimento e comida. Se eu ficar aqui por mais tempo, posso ainda ser
preso! Tendo pensado assim foi-se embora daquele local.
“Nessa
altura, o homem rico, sentado no seu trono, viu o seu filho e reconheceu-o de
imediato. O seu coração encheu-se de alegria e pensou: Agora tenho alguém a
quem confiar os meus armazéns de riquezas! Os meus pensamentos estiveram sempre
com este meu filho mas eu não tinha maneira de o ver. Agora ele apareceu
subitamente, correspondendo ao que eu tinha desejado. Apesar de eu ser velho e
decrépito, ainda me preocupo com o destino dos meus pertences.
“Então
ele mandou um empregado ir atrás do filho o mais depressa possível e traze-lo
de volta. O mensageiro correu rapidamente e alcançou-o. O filho pobre,
assustado e alarmado, gritou desesperado, “Não fiz nada de mal! Porque me
querem prender?” mas o mensageiro segurou-o firmemente e trouxe-o de volta.
“Nessa
altura o filho pensou, “Não cometi nenhum crime e ainda assim sou levado
prisioneiro. Ainda vão acabar por me matar!” Estava mais assustado do que nunca
e caiu no chão, desmaiando de desespero.
“O
pai, vendo isto à distância, disse ao mensageiro, “Não preciso deste homem. Não
o forcem a vir aqui. Espalhem água pela sua cara para que recobre os sentidos e
depois não lhe digam mais nada!”
“Porque
é que ele fez isso? Porque sabia que o seu filho era de modestas ambições e
dificilmente aceitaria o seu poder e condição eminentes. Ele sabia muito bem
que esse era o seu filho mas como meio expedito não o disse a ninguém.
“O
mensageiro disse então ao filho pobre, “Vou-te libertar. És livre de ir para
onde quiseres.” O filho ficou radiante, ganhando o que nunca tivera antes.
Levantou-se do chão e dirigiu-se para a cidade de modo a procurar comida e
roupa.
“Nessa
altura o homem rico, desejando atrair o seu filho de volta, decidiu empregar um
meio expedito e enviar dois homens disfarçados, homens de aspecto magro e
macilento sem nenhum indício ameaçador. ”Ide procurar esse pobre homem e
aproximem-se dele de forma casual. Digam-lhe que conhecem um lugar onde pode
ganhar o dobro do salário habitual. Se ele concordar com a proposta, trazei-o
para aqui e ponham-no a trabalhar. Se ele perguntar que tipo de trabalho lhe
será destinado, digam-lhe que terá de limpar excremento e que vocês trabalharão
com ele.”
“Os
dois mensageiros foram de imediato procurar o herdeiro, e quando o encontraram,
falaram-lhe de acordo com as instruções recebidas. Então o filho pediu um
adiantamento do seu salário e foi depois com eles para ajudar na limpeza do
excremento.
Quando
o pai viu o seu filho, compadeceu-se e preocupou-se com ele. Dias depois,
quando olhava da janela, viu o filho à distância, o seu corpo magro e
macilento, sujo de excremento, imundice e impureza. O pai de imediato tirou os
seus colares, as suas vestes finas e os outros adornos e vestiu roupas velhas e
sujas. Espalhou sujidade no corpo, pegou num utensílio para remover excremento
e adoptando modos rudes, falou para os empregados dizendo, “Continuem o vosso
trabalho! Não sejam preguiçosos!” Através deste meio expedito ele foi capaz de
se aproximar do seu filho.
“Mais
tarde, ele falou novamente ao seu filho, dizendo, “Deves continuar neste
trabalho sem nunca me deixares. Eu aumentarei o teu salário e quanto àquilo de
que precisares, quer sejam utensílios, arroz, farinha, sal, vinagre e outros
bens, não te deves preocupar. Eu tenho um velho criado que te pode ajudar
quando precisares. Podes estar à vontade. Eu serei como um pai para ti. Porque
digo isto? Porque já sou entrado em anos, mas tu és novo e robusto. Quando
estás a trabalhar nunca és enganador ou preguiçoso nem dizes palavras
rancorosas ou ressentidas. Não pareces ter nenhuma dessas faltas que os meus
outros trabalhadores têm. De agora em diante, tu serás como meu próprio filho”.
E o homem rico tratou de escolher um nome para o homem como se ele fosse seu
filho.
“Nessa
altura o filho pobre, apesar de se sentir encantado com este tratamento, ainda
se via a si próprio como uma pessoa de condição humilde que estava ao serviço
de outrem. Entretanto o homem rico manteve-o a limpar excremento nos vinte anos
seguintes. Ao fim desse tempo, o filho sentia que confiavam nele e
movimentava-se à sua vontade, mas continuava a viver no mesmo lugar de sempre.
“Honrado
Pelo mundo, nessa altura o homem rico adoeceu e soube que não tardaria a
morrer. Falou então com o seu filho dizendo, “Tenho grandes quantidades de
ouro, prata e tesouros raros que enchem os meus armazéns. Deves assumir agora o
controle das somas que tenho e das despesas e receitas. Porquê? Porque de agora
em diante tu e eu não nos comportaremos como duas pessoas independentes. Por
isso deves manter o teu bom senso e garantir que não hajam perdas ou erros.”
“Então
o filho pobre, tendo recebido estas instruções, tomou a seu cargo a vigilância
de todos os bens, o ouro, a prata, os tesouros raros e os vários armazéns, mas
nunca pensou em apropriar-se da mais pequena soma. Continuou a viver no mesmo
local de sempre, vendo-se a si mesmo como pessoa humilde e de baixa condição.
“Após
ter passado algum tempo, o pai percebeu que o seu filho, pouco a pouco, ia-se
tornando mais auto confiante e disposto a concretizar tarefas importantes,
apesar da opinião depreciativa que tinha de si mesmo anteriormente. Verificando
que o seu fim estava próximo, ordenou ao seu filho que marcasse uma reunião com
o rei do país, os ministros, os nobres e os proprietários. Quando estavam todos
juntos, fez o seguinte anuncio: “Senhores, deveis saber que este é meu filho de
nascimento. Em tal cidade ele deixou-me e fugiu e por cinquenta anos acarretou
sofrimentos e dificuldades. Tal é o seu nome original e tal é o meu nome. No
passado, quando ainda vivia na minha cidade de nascimento, preocupava-me com
ele e saí a procurá-lo. Algum tempo depois, subitamente, calhei de o encontrar.
Este é verdadeiramente o meu filho e eu sou o seu pai. Agora, tudo o que me
pertence, todos as minhas posses e fortuna devem por direito pertencer a este
meu filho. Todos os assuntos de receitas e despesas ocorridos no passado são já
do seu conhecimento.”
“Honrado
Pelo Mundo, quando o filho pobre ouviu estas palavras do seu pai, foi invadido
por uma grande alegria, tendo ganho o que nunca possuíra, e pensou para si:
“Originalmente nunca tive qualquer ideia de cobiça por essas coisas. No entanto
estes armazéns de tesouros vieram por si mesmos ter comigo!
O homem rico
representa o buda Shakyamuni.
O filho pobre simboliza as pessoas que não
encontraram o budismo.
O buda Shakyamuni percebe a
capacidade das pessoas, e as conduz gradativamente à iluminação, assim como o
homem rico oferece ao filho o humilde trabalho para depois o delegar a tarefa
de administrar a propriedade.
Do ponto de vista do
Budismo Nitiren, o filho representa as pessoas que vagam pela vida sem nunca
encontrar o Buda.
O pai é o Buda Original Nitiren Daishonin, que legou o Gohonzon à humanidade.
Como o filho pobre, as pessoas vivem sem saber que são Budas em potencial. Para
que eles possam evidenciar essa condição de vida, Nitiren Daishonin inscreveu
um mandala na forma do Gohonzon, possibilitando-as a conduzir plenamente a vida cheia de
esperança, ilimitada alegria, energia vital e sabedoria.
Referências:
The
Lotus Sutra – Burton Watson
PRELEÇÃO
DOS CAPÍTULOS HOBEN
E JURYO, Daisaku
Ikeda, SP:
Brasil Seikyo, 2001
Capítulo 3 Hiyu - “Parábola”
O Sutra
do Lótus é considerado o mais importante dos Sutras.
Base
dos estudos do budismo moderno.
No
capítulo Hobem, o buda Sakyamuni
revela que os três veículos de Erudição, Abssorção e Bodhsatva
não são nada além de “Meios” que o Buda usa para conduzir as pessoas à iluminação.
O Buda diz:
“Numa época vindoura, o senhor torna-se-á um Buda. O seu nome será Buda Luz da Flor (keko). A sua terra será chamada Imaculada (Riku). A época, nesse tempo, será chamada Grande Explendor da Jóia (Daiho Shogon)”.
As pessoas tiveram dificuldade para entender isso. Sharihotsu então pede para que o Buda fale de modo mais compreensivo. Então Sakyamuni expõe a seguinte parábola:
"Parábola das três carroças e da casa em chamas"
Vamos entender um pouco mais a respeito da parábola:
E desta forma temos o seguinte caminho:
Referências:
PRELEÇÃO
DOS CAPÍTULOS HOBEN
E JURYO, Daisaku Ikeda, SP:
Brasil Seikyo, 2001.
Revista
Terceira civilização.
Jornal Brasil Seikyo.
terça-feira, 12 de setembro de 2017
Sutra do Lótus - Cap. 2 Hoben (Meios) Niji Sesson
O segundo capítulo do Sutra do Lótus se inicia quando Sakyamini se levanta serenamente de sua meditação e começa a expor o Sutra do Lótus. Ao contrário do que vinha acontecendo até então, onde o Buda expunha de acordo com a capacidade das pessoas em entender os ensinos, aqui o Sutra do Lótus é exposto por desejo do Buda.
Nitiren Daishonin ao expor o ensino do Nam Myoho Rengue Kyo espontaneamente o faz também por desejo de que todas as pessoas atinjam a iluminação.
As práticas: Individual (Gongyo e daimoku) e Autruista (ajudar as pessoas a alcançar a felicidade). São também manifestações do espírito do Buda para que todos atinjam a iluminação.
A primeira frase do Capitulo é: Niji Sesson (Nesse momento).
Com relação a essa frase o Presidente Toda diz:
“Nesse momento refere-se ao conceito de tempo empregado no budismo.
Difere do sentido que costumamos usar para indicar as hora, as estações do ano ou para especificar uma época. Nem é
compatível à típica introdução dos contos infantis: “Era uma vez...”.
O tempo, no sentido aqui expresso, refere-se ao momento em que um Buda, percebendo a ansiedade das pessoas em ouvi-lo, aparece a fim de expor o seu
ensino.”
Quatro condições são necessárias para que um Buda exponha a Lei:
Vamos nos concentrar por enquanto na questão do tempo.
Um Buda compreende o tempo profundamente e aguarda o momento propício, cria o momento e expõe a Lei de acordo com o tempo. Essa é a sabedoria e benevolência do Buda.
Sakyamuni em sua época transmitia seus ensinos oralmente.
Nichiren escrevia cartas para seus discípulos e muitas vezes tinham que andar muitos quilômetros para ter acesso a essas cartas.
Hoje dispomos de muitas alternativas muito mais rápidas de comunicação, como por exemplo, a internet onde a informação pode ser transmitida numa velocidade nunca antes vista.
"Esse momento" é o momento de avançarmos para a concretização do Kossen Rufu.
Um Buda compreende o tempo profundamente e aguarda o momento propício, cria o momento e expõe a Lei de acordo com o tempo. Essa é a sabedoria e benevolência do Buda.
Sakyamuni em sua época transmitia seus ensinos oralmente.
Nichiren escrevia cartas para seus discípulos e muitas vezes tinham que andar muitos quilômetros para ter acesso a essas cartas.
Hoje dispomos de muitas alternativas muito mais rápidas de comunicação, como por exemplo, a internet onde a informação pode ser transmitida numa velocidade nunca antes vista.
"Esse momento" é o momento de avançarmos para a concretização do Kossen Rufu.
"Esse momento" está ligado diretamente com o agora.
Segundo a Lei, somos o resultados de nossas palavras, pensamentos e ações. O que fazemos nesse momento muda todo o nosso futuro.
Referências:
•PRELEÇÃO DOS
CAPÍTULOS HOBEN E JURYO - Daisaku Ikeda, SP: Brasil Seikyo, 2001.
•A sabedoria do
Sutra de Lótus v.I Daisaku Ikeda, SP: Brasil Seikyo.
•Revista Terceira Civilização e Jornal Brasil Seikyo.
quinta-feira, 7 de setembro de 2017
Sutra do Lótus - Capítulo 2. (HOBEM - Meios)
domingo, 20 de agosto de 2017
Sutra do Lótus - Capítulo 1
O primeiro capítulo (Introdução) do Sutra do Lótus inicia-se
com a seguinte frase “Assim eu ouvi”, da mesma forma que diversos outros sutras,
pois os mesmos só foram escritos muito depois da morte de Sakyamuni e ao serem
ditados para serem escritos seus discípulos começavam com a frase “Assim eu
ouvi”.
O Buda então expõe o
Sutra Muryogui, onde ele afirma: "Nesses mais de quarenta anos, não revelei a verdade" e "os infinitos significados derivam de uma única lei" Após a exposição desse sutra ele entra em profunda meditação "Samandhi" e é nesse momento que quatro tipos
de flores extraordinárias caem do céu e a terra estremece de seis maneiras
diferentes. Então acontece do Buda emitir um raio de luz do tufo de cabelos brancos
do meio de suas sobrancelhas iluminando dezoito mil mundos a leste e deixando
todos os seres dos seis caminhos claramente visíveis.
Pico da Águia em Rajagrilha, na Índia
Este vasto número de seres reunidos nesta assembléia do capítulo "Introdução" são uma manifestação de todos os seres dos nove mundo. Representados pelos estados: Inferno; Fome; Animalidade; Ira; Tranquilidade; Alegria; Erudição; Absorção e Bodhsattva. Todos esses mundos se encontram na própria vida do Buda.
Em meio às pessoas que ficam espantadas com esse fenômeno o
Bodhsattva Monjushiri que já praticou servindo inumeráveis Budas explana o seu
significado. Ele diz que no passado inumeráveis Budas fizeram o mesmo e em
seguida expuseram um ensino superior. Ele segue dizendo que esse ensino
superior que expunham era chamado de Myoho Rengue Kyo.
Outros Bodhsattvas
confirmam que os prodígios observados ali eram idênticos aos observados por
eles no passado e concluem que Sakyamuni está prestes a revelar um ensino
chamado Myoho Rengue Kyo.
Arhats: Um ser de elevada estatura espiritual.
Asura: Antideuses, seres da mitologia hindu.
Garudas: Da mitologia hindu, parecido com uma águia simboliza a luta entre o bem e o mal.
Samandhi: Lugar de imensuráveis significados.
Para saber mais:
Revista Terceira civilização, edições n. 407 e 462.
Jornal Brasil Seikyo, ed.1332.
Livro Preleção dos capítulos Hoben e Juryo.
Livro A sabedoria do sutra de Lótus.
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